Arte com Ciência é um projeto inicialmente desenvolvido numa parceria entre o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Secretaria de Estado da Educação de Sergipe (SEED-SE), com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Atualmente o projeto conta com outros parceiros: SESI Nacional, Petrobrás, Liceu Edouard Herriot (Lyon, França)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Colégio Arabela Ribeiro - Feira de Arte, Ciência e Ecologia


No dia 19 (sexta-feira) a Feira de Arte, Ciência e Ecologia do projeto Arte com Ciência ocorreu no Colégio Arabela Ribeiro em Estância. Na ocasião, mais uma vez os estudantes puderam pôr em prática os conhecimentos obtidos em sala de aula, além da oportunidade de despertar o potencial para a pesquisa científica dos alunos. Um dos aspectos mais interessantes da Feira é que o conhecimento e o aprendizado surgem a partir da iniciativa dos próprios estudantes. Os temas debatidos chegam a ultrapassar o conteúdo programático do Ensino Médio, a qual os alunos fazem parte, dialogando com a comunidade e a região em que vivem e com o meio ambiente como um todo.

O evento teve a presença da equipe de filmagem do programa Terra Serigy da TV Sergipe, que em breve irá transmitir uma edição especial sobre a Feira do Projeto Arte com Ciência. Alguns dos trabalhos expostos foram o “Bateria de limão”, “Como vai o Piauitinga?”, “O biogás”, “Barco de fogo”, “Som das taças”, “Reciclagem e lixo eletrônico”, entre outros.


Equipe do programa Terra Serigy acompanhou a feira

O projeto “Como vai o Piautinga?” foi um dos grandes exemplos da preocupação com o meio ambiente presente na Feira. Os participantes do trabalho visitaram o rio Piaituinga, muito importante para o abastecimento de água em Estância, e acabaram encontrando o resultado de um rio poluído e prejudicado. Os alunos demonstraram ainda em seu projeto como ocorre o processo de tratamento de água e o que poderia ser feito para reverter a situação negativa com o Piauitinga. Segundo os participantes, a ideia agora é de tentar encontrar parcerias para ir adiante com a ideia do projeto.

Douglas Araújo, bolsista do Arte com Ciência e participante do trabalho “Som das taças” considerou como positivo os resultados obtidos na Feira deste ano e falou sobre a sua experiência como bolsista do projeto: “Pude aprender mais do que o básico. Aprendi muitas coisas de computação, por exemplo, de forma que vou poder usar para a educação. Estou no terceiro ano do Ensino Médio e pretendo fazer o curso de Engenharia de Petróleo, área com grandes avanços atualmente. Durante meu envolvimento com o projeto, participei de vários seminários sobre o assunto e acabei me interessando”. 


Grupo "Som das taças" demonstrou experimento

Douglas apresentou o trabalho “Reciclagem e eletricidade”, que teve uma história curiosa em seu início. Segundo o bolsista, no dia 17 ele foi junto com seu amigo, Gileno Wesley, para a escola Gumercindo Bessa visitar o primeiro dia da Feira, ainda sem uma ideia definida do que poderíamos elaborar para nosso trabalho na Feira do Arabela. Douglas continua: “Estávamos precisando de uma prancheta para poder anotar alguns rascunhos e aprender melhor sobre todas aquelas informações e conhecimentos que iriam estar na Feira. Junto com Gileno, tivemos a ideia de fazer uma prancheta com material reciclável. Depois, pensamos que precisaríamos de luz para poder ver os projetos no turno da noite, e então acabamos pesquisando sobre energia mecânica. Daí nasceu nosso trabalho, da mistura entre reciclagem e eletricidade".

No projeto “Bateria de limão” o interesse principal era perceber como funcionava a criação de energia a partir da ligação com a acidez do limão, uma experiência curiosa e engenhosamente apresentada pelos estudantes. “Com o trabalho, pudemos entender melhor muita coisa que vimos na sala sobre Química. O mais importante de tudo é poder compartilhar o conhecimento que nós mesmos estamos produzindo. Acredito que isso é algo fundamental”, declarou Yago Silva, estudante do segundo ano da escola.

O trabalho “Barco de fogo” procurou representar a cultura do estado, mas sem desconsiderar a fundamentação científica em seu projeto. No trabalho foi elaborado uma réplica ampliada do barco de fogo, além da explicação química e física sobre o processo. A diretora da escola, Iracema Silva, falou sobre a realização da feira: “Há, sem dúvida, um diferencial no projeto Arte com Ciência e na Feira de Arte, Ciência e Ecologia. O evento de hoje despertou a pesquisa científica nos alunos, que às vezes parece ser algo de outro mundo, mas foi demonstrado que não é. Durante meu tempo como gestora, este foi um dos eventos mais marcantes para mim”.


Réplica de barco de fogo construída no Arabela Ribeiro

Um comentário:

  1. Eu sei que vou amar ensinar, nesta escola, a partir de 2013, pois com tantos estudantes pesquisadores, finda em tudo de que precisa um professor de Língua Materna e Literatura Brasileira.

    Assinado: Val Valença

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